quarta-feira, 15 de junho de 2011

Talib Kweli feat. Nigel Hall - Mr. International

Biografia : Mv Bill



Nascido e criado na comunidade carioca Cidade de Deus (onde vive até os dias de hoje) Alex Pereira Barbosa deu uma guinada em sua vida após assistir na adolescência ao filme “As Cores da Violência”. Além de retratar bem a situação de violência do local em que vivia, Bill, como era conhecido, se identificou bastante com a trilha sonora da película, composta pelo rapper Ice T.
Anos mais tarde, já estava infiltrado na cultura hip-hop e começou a fazer Rap. Ao invés de adotar a tradicional alcunha de ‘MC’, resolveu colocar à frente de seu nome artístico a sigla ‘MV’, de Mensageiro da Verdade. 
MV Bill debutou na carreira musical com a participação, à época com grupo Geração Futuro, na coletânea “Tiro Inicial” – responsável por revelar outros nomes à cena do rap carioca, como Gabriel O Pensador e Filhos do Gueto.



Seu primeiro registro solo veio em 1998, com “CDD Mandando Fechado”, pelo selo Zâmbia. O disco veio a ser relançado um ano depois, pela Natasha Records com distribuição da ‘major’ BMG, re-intitulado como “Traficando Informação” e contendo faixas adicionais. 
Com seu Rap de letras fortes e politizadas, MV Bill causou polêmica com o clipe da faixa “Soldado do Morro”, em que traficantes reais apareciam encapuzados e armados. Outro ponto polêmico veio com sua apresentação no Free Jazz Festival, quando, no final do show, mostrou-se com uma pistola na cintura. 
O segundo disco foi lançado em 2002. “Declaração de Guerra” é outro manifesto social em forma de rimas e ritmos, mas mais elaborado musicalmente. Várias são as referências à MPB nesse trabalho, além de experimentos com orquestra, naipe de metais, percussão e participações especiais. 



Em meados de 2006, veio “Falcão: O Bagulho é Doido”, inspirado nas visitas do rapper a favelas de várias partes do Brasil e seu contato com jovens destes lugares. O disco é a parte musical que dá fim à tríade composta ainda pelo documentário “Falcão: Meninos do Tráfico” e o livro de mesmo nome, escrito em parceria com Celso Athayde – com quem escreveu um ano antes “Cabeça de Porco”.
Além do lado musical, o lado ativista e social de MV Bill é marcante. Foi um dos fundadores da ONG Central Única das Favelas (CUFA), que através do conceito do movimento Hip Hop, desenvolve projetos sociais e culturais nas comunidades carentes.


Entre alguns prêmios pelo seu trabalho, foi eleito em 2003 um dos rappers mais politizados dos últimos dez anos pela Unesco, e em 2004 foi tido como destaque do ano de pelo seu trabalho na área de desenvolvimento social junto à juventude.

Album Download : Mv Bill - Causa e Efeito (2010)


Biografia : Denexl


Denéxl, nome artístico de Denérido Kudidissa, nascido em Luanda Angola. Começou a sua carreira musical em 1998 quando apareceu no programa Era do Hip-Hop (programa actualmente inactivo), com o som Edição Completa, que teve a participação e produção de Airmack (Wave Gang, GMack). No mesmo ano integra o grupo Furious Boys junto de Kob Cruz, Nano Brag e Joy Cook. Em 1999 começa por fazer parte da clique Wave Gang junto de Airmack, Mad-Contrario, Mr. C vindo com eles a aparecer em palcos e rádios de Luanda.








A partir do ano 2000, decide com um dos membros da clique Wave Gang, Mad-Contrário, criar um duo aparte que se chamou e se chama Hemoglobina, tendo juntos lançado 4 projectos discográficos nomeadamente: Ep - Carnes (2000-2001); Mix Tape - Fogo Cruzado (2001); Compilação - A Recolha (2002); Single e o Álbum - Alegrias e Tristezas (2003).




No ano de 2007, encontrado-se em Moscovo – Rússia já a 4 anos como estudante, Denéxl edita o seu primeiro álbum a solo intitulado Dentro e Fora do Meu Quarto que teve a participações de Mad-Contrário, Ikonoklasta, WB, Edu-ZP, Dega, Verídico, P. Forever e produções de Mário Pinho, Mad-Contrário e do próprio Denéxl. O álbum cujos temas centrados são racismo, política social e amor e preenchido por 18 faixas, foi editado pelas produtoras "Volume produções" e "Forno" e distribuido pela Masta K.

Denexl - "Ta Porreiro" (Novo EP Brevemente)


Pete Rock comenta a beef entre Ice Cube e Common

A revista Complex encontrou-se com o produtor Pete Rock para falar sobre várias coisas, inclusive, o seu trabalho com Common na diss track para Ice Cube, “The Bitch In Yoo”. Como produtor do som, Pete Rock explicou como se encontraram e a história por detrás.

“Lembro-me de ter recebido um telefonema do Common explicando o quão abatido ele estava por ter sido desrespeitado pelo Ice Cube, eu disse-lhe ‘Se você precisa da minha ajuda, eu estou aqui’. Ele veio para Nova Iorque e encontrámo-nos na casa de um amigo. Eu fiz a batida nessa casa com faixas que lhe dei para que ele possa criar beats, porque ele também fez beats. Eu apareci com a faixa e mal podia acreditar que o Common gostava. Pensei que devia ir para minha casa com o meu material. E ele estava mesmo ali ao lado quando eu fiz a batida.”

“Ele tinha sido acusado. Eu sentia que, como homem, se você se sente desrespeitado, e se você sente isso no seu coração, aí você responde. É como é. Assim é como os homens a sério reagem. Mas isto foi grande. Acho que o Common cresceu como homem e disse-lhe como se sentia realmente. Foi memorável mano. Um momento clássico”.